terça-feira, 14 de julho de 2015

And now Joseph?

A música tocava, não importa na verdade que trilha seria, era só pra encher o lugar
O que se podia dançar era o corpo do medo preso dentro do voo patético que parecia ser aquela comoção
Deu-se o embate, o primeiro embate real que estremeceu desde o subsolo, as fundações, tudo.
O parapeito cedeu, somos alvos fáceis. Percebi que estava nas trincheiras, saracoteando como se fosse um baile.
Sorriamos, desesperadamente sorriamos, amedrontados, sorriamos.
Dizíamos promessas de amor sem fim. Eu as queria, Eu as esperava, Eu as sussurrava no íntimo, ele as repetia.
Tudo foi dito aquele dia, tudo o que não se deveria
Será mesmo que se escape impune do absurdo de crer?
Eu acreditei, com todos as partículas, eu acreditei, eu morri, eu despertei
Veio a ânsia,
era pressa, era vômito, era acalanto
Depois o silêncio vazio
Os corpos exaustos do frenesi
A urgência, o medo, os pequenos milagres que construí
parados me espreitando
Uma esquina, uma aposta, abstracionismo
"E agora José? Quem pagará o enterro e as flores?"
Se isso tiver sido mesmo um delírio que eu vivi





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